Fenômeno de audiência no final da década de 1990, Ratinho desceu quase até o fundo do poço no decorrer dos anos 2000. A ponto de quase não ter seu contrato com o SBT renovado. Para permanecer no canal, o apresentador teve que dividir os custos da atração com a emissora de Silvio Santos.
Com a fórmula da baixaria desgastada e o crescimento da Record, o apresentador precisou reinventar o “Programa do Ratinho”. A primeira iniciativa foi reformar a fachada. Sem o ranço do sensacionalismo, Carlos Massa passou a investir no telebarraco de forma mais leve, rindo de si mesmo ao tentar encontrar a linha tênue entre o popular e o popularesco.
Desde que a atração retornou à grade da Anhanguera em 2009, Ratinho reformou o programa diante dos olhos do público. Diversos quadros foram testados até chegar ao modelo que vigora desde a metade do ano passado.
A “Festa na Laje”, exibida nas noites de quarta-feira, foi a mola propulsora que o apresentador encontrou no fundo do poço. O quadro, que resgata artistas populares esquecidos pela mídia, se tornou uma boa opção para quem não gosta de futebol ou novelas e provou que, ao contrário do que se prega por aí, os musicais ainda têm força na TV aberta.
Nos demais dias da semana, Ratinho investe pesado no estilo mambembe com seu “Jornal Rational”. Fazendo uso de sua irreverência e com um elenco bem peculiar, a atração se transforma em um circo caseiro, com informações totalmente irrelevantes que, de tão surreais, chegam a arrancar um sorriso do telespectador.
Os testes de DNA ainda estão lá. Prova de que a atração não perdeu sua essência e não se envergonha de seu passado. A nova versão do quadro é uma espécie de metalinguagem do projeto.
Agora, os convidados usam roupas de gala e tomam bebidas caras enquanto tentam “resolver” o problema. Mas no final os xingamentos rolam soltos. Como nos velhos tempos.
Uma boa mão de verniz, uma dose de humor, uma pitada de anarquismo e o excesso de vulgaridade descartado. Essa parece ter sido a receita de Ratinho para retomar a vice-liderança no horário. A atração está longe de se tornar um programa interessante, mas satisfaz o público fiel da emissora de Silvio Santos.
Aliás, tudo vem dando tão certo que o apresentador anda ganhando mais com a “sociedade” com o canal do que quando era um contratado do SBT e incomodava a poderosa novela das 21h. Vai entender a televisão brasileira!
Famosidades
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