“Yeh Yeh! Tudo bem com vocês?”. Foi assim que Sérgio Mallandro saiu do quarto de seu apartamento em São Paulo e cumprimentou a equipe de reportagem do iG para uma entrevista exclusiva. Durante a sessão de fotos, as expressões “Glu Glu” e “Yeh Yeh” saem ao mesmo tempo em que as poses são feitas. Naturalmente.
Sérgio Mallandro está prestes a ficar mais exposto do que nunca no reality “A Vida de Mallandro”, que vai ao ar a partir do dia 05 de abril no canal pago Multishow. O programa vai mostrar cenas do cotidiano do humorista em sua casa nada convencional, em que ele mora com a ex-mulher e o filho mais velho. Para ele, nenhum problema, já que a mansão de cinco andares no Rio de Janeiro parece ter espaço suficiente para todos.

Foto: Divulgação
Mas quem pensa que Sérgio só vive de “gluglus” e “yehyehs” está completamente enganado. Ele afirma que nunca usou drogas em toda a sua vida, experimentou um gole de álcool pela primeira vez aos 26 anos e hoje diz ficar bêbado com cinco cervejas. Ele também criou e mantém a creche Santo Expedito em Guarulhos, na Grande São Paulo, e prega mais ação por parte da população. “Cada pessoa deveria fazer um pouco pelos outros, ter atitude na vida. O mundo seria muito melhor com isso”.
Confira abaixo o bate-papo com Sérgio Mallandro:
iG: Como surgiu a ideia de fazer o reality show “A Vida de Mallandro”?
Sérgio Mallandro:
iG: É difícil esse relacionamento? Existe ciúme ou é tudo liberado?
Sérgio Mallandro: O nosso convívio é ótimo, estamos separados há muitos anos e a gente se vê como irmãos. Somos uma família. A gente está em casa, então quando arrumamos namorados nada mais natural do que levar pra lá. E realmente não rola ciúme, cada um tem a sua vida. É lógico que a Mary sempre coloca alguns defeitos nas mulheres, mas é tudo normal.
iG: O reality show vai realmente mostrar tudo o que acontece na sua vida?
Sérgio Mallandro: No reality comecei a gravar com uma namorada, aí terminei com outra. Vai ser o maior barato, ainda estou filmando algumas partes. O programa é uma loucura, porque acontece de tudo e a gente mostra tudo lá. Estamos pensando em fazer uma outra temporada.
iG: Você acha que vai encontrar um grande talento em seu outro reality show, o “Prêmio Multishow de Humor”, que busca novos humoristas?
Sérgio Mallandro: No júri sou eu e o Fernando Caruso, a Natália Klein e a Miá Mello. Nós vamos escolher o melhor humorista do Brasil e acho que vai sair só gente boa de lá.
iG: Como é o convívio entre você e os seus filhos?
Sérgio Mallandro: Tenho o Serginho Tadeu, de 26 anos, e dois menores que moram na Europa: a Stéfani, de 18, e o meu garotinho, Edgard, de 14. Ele é praticamente inglês, mora lá desde criancinha e só fala besteira. Mas é difícil por causa da faixa etária, então eles pensam bem diferente, querem fazer coisas que não combinam, mas é um barato.
iG: O seu convívio com os filhos é bom e você ainda age como um garoto. Tem medo de envelhecer?
Sérgio Mallandro: Eu tenho medo de um dia ficar triste. Não tenho medo de um dia envelhecer. Se eu tiver que um dia envelhecer, mas continuar alegre e disposto, não tem problema. O medo da velhice é perder a energia, porque sou um cara hiperativo. Mas o envelhecimento vem da cabeça, de quando você para de sonhar. Acho que o homem não morre quando deixa de existir, ele morre quando deixa de sonhar.
iG: Já que você não tem medo de envelhecer e é solteiro, como é o seu relacionamento com as mulheres?
Sérgio Mallandro: Tenho um estilo de fazer sexo. Agora eu faço com chapeuzinho de hélice e pelado. Já tomei Viagra, não tenho problemas de falar.
iG: Qual o seu estilo de mulher?
Sérgio Mallandro: O estilo de mulher que eu mais gosto? É o estilo bêbada. Porque a bêbada fica facinha. Ela pega gente que nunca pegaria, faz coisa que nunca faria.

Foto: Divulgação
Sérgio Mallandro: Eu adoro a Xuxa. Ela é uma pessoa que mora no meu coração, que eu amo. Sempre falo para as pessoas que tudo o que a Xuxa tem, ela conseguiu através do trabalho dela. Ela é uma pessoa muito iluminada. Me lembro quando ela começou. Eu a pegava no “Planeta dos Homens” de moto, levava ela até a casa dela no subúrbio do Rio. Ela ia dormir às duas da manhã e acordava às sete. Às vezes ela dormia maquiada para poder fotografar, de tanto que ela trabalhava.
iG: Vocês ainda mantêm contato?
Sérgio Mallandro: Mas a gente não tem mais o mesmo contato que antigamente. Agora o foco dela é a Sasha e às vezes a gente bate um papo. Mas a Xuxa é uma pessoa que eu amo muito.
iG: E vocês chegaram a ter algum romance na época?
Sérgio Mallandro: Eu olhava para ela e ela olhava para o lado.
iG: E como você fez para se sustentar depois que passou essa fase de cinemas e programas de televisão?
Sérgio Mallandro: Sempre fiz show a minha vida inteira. Depois que as crianças cresceram, comecei a fazer show para os universitários e é uma loucura. Então eu fiquei afastado da mídia, não tenho um programa que eu apresente, mas o Sergio Mallandro as pessoas não esquecem.
iG: Você já experimentou algum tipo de droga?
Sérgio Mallandro: Nunca usei droga na minha vida. Por incrível que pareça. É até uma decepção para algumas pessoas. Cocaína deixa elétrico e eu já sou. Não bebo e meu primeiro gole de álcool foi aos 26 anos. Se eu for numa balada e tomar 4, 5 cervejas, já fico bêbado e não uso nada. A droga é um caminho que não leva a nada.

Foto: Reprodução TV
Sérgio Mallandro: Eu vivo no presente. Estou há 30 anos na TV com essa história louca. Primeiro era o ‘Glu Glu’, depois virou o ‘Rá’, agora o ‘Yeh Yeh’. A gente tem que viver o momento e não ficar pensando no que vai acontecer, se isso vai cansar. Tem sempre que quer inovar, se atualizar. Antigamente fazia programa para crianças, mas aí essas crianças cresceram e hoje têm 20, 25, 35 anos, então comecei a fazer a ‘Pegadinha do Mallandro’, ‘A Casa dos Desesperados’. Isso faz parte da minha história.
iG: E o que mais marcou você graças a essas expressões?
Sérgio Mallandro: As pessoas me encontram na rua e falam essas expressões para mim. Elas me contam sobre o passado. Uma vez um policial veio falar comigo e disse: ‘eu tenho uma profissão que, às vezes, mato pessoas. Você participou da minha fase mais pura, da minha infância. Estou te dando um abraço e voltando ao meu momento mais puro. Tenho que matar para não morrer’. E ele começou a chorar, foi emocionante. Histórias como essas sempre acontecem, então eu gosto disso.
iG: Tem algum arrependimento da época das pegadinhas?
Sérgio Mallandro: Só lembro das coisas boas nas pegadinhas, não me arrependo de nada. Eu fazia de tudo pelo Ibope. Foi processo para tudo que é lado, mas a gente era muito louco naquela época, hoje em dia não dá para fazer uma coisa dessas. Não preciso pedir desculpas para ninguém.
iG: O que você faz para ajudar as pessoas que estão ao seu redor?
Sérgio Mallandro: Hoje eu tenho a minha creche. Minha preocupação é poder trabalhar e ajudar as pessoas que estão ao meu redor. Sou eu e uma amiga que cuidamos, mais algumas doações que aparecem de voluntários. Eu que dou a verba para manter a creche. É uma coisa que eu faço de coração. Cada pessoa deveria fazer um pouco pelos outros, ter atitude na vida. É só fazer um pouquinho, não precisa fazer muito. O mundo seria muito melhor.
As informações são da repórter Juliana Moraes, do IG
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