Por anos era um sonho ver uma equipe masculina do Brasil na Olimpíada. Imagina. Na ginástica artística? Um esporte dominado por russos, americanos, japoneses, chineses... Bem, chegou a hora de novos sonhos. O time não só conquistou a vaga nos Jogos do Rio de Janeiro como também consolidou sua posição entre os grandes nesta segunda-feira. Arthur Zanetti, Arthur Nory, Diego Hypolito, Francisco Barretto e Sergio Sasaki encantaram a Arena Olímpica na final por equipes em mais uma tarde mágica, de voos fascinantes, de vibração, de garra. O pódio não veio, e nem estava ao alcance ainda, mas a inédita sexta colocação foi celebrada, mesmo com falhas no solo. Potências da ginástica, atenção! O Brasil chegou, e é para ficar!
É claro que a festa foi do Japão, que retomou o posto de melhor equipe da Olimpíada com um ouro que não vinha desde os Jogos de Atenas 2004. Alegria para a Rússia, que volta ao pódio com a prata depois três edições ausente. Os antigos bicampeões chineses não vibraram muito com o bronze.
Mas os brasileiros têm motivo para se orgulharem. Para entender o tamanho do feito, basta saber que a sexta colocação nunca foi alcançada em Olimpíada nem mesmo pelo time feminino, nem mesmo por uma equipe com Daiane dos Santos, Jade Barbosa, Daniele Hypolito e Lais Souza, que ficaram em oitavo nos Jogos de Pequim 2008.
Certamente o Brasil poderia ter chegado um pouco mais perto do pódio se não tivesse falhado no solo, com duas quedas de Sérgio Sasaki. Erros, porém, são normais na ginástica. Até os campeões japoneses não passaram ilesos. Por isso a comemoração com a sexta colocação, que nem era esperada para um grupo que sempre declarou a estratégia de focar em finais individuais na Rio 2016. Todos eles, aliás, estão classificados para pelo menos uma decisão. Sasaki e Nory disputam a final do individual geral na quarta-feira. Diego e Nory competem no solo no domingo. Na próxima segunda-feira, Zanetti tenta o bi olímpico das argolas. Chico fecha a participação brasileira nos Jogos no dia 16 de agosto, na decisão da barra fixa.
Se na classificatória a Arena Olímpica ainda não estava cheia quando Zanetti se apresentou nas argolas - houve problema de acesso ao Parque Olímpico -, desta vez o campeão olímpico teve casa cheia, pôde sentir o calor da torcida. Ele novamente puxou o desempenho do Brasil no aparelho, repetiu a série da classificatória, com menor dificuldade, e somou 15,566. Chico e Sasaki também melhoraram seus resultados em relação ao primeiro dia, e o Brasil conseguiu 44,332 pontos.
O telão mostrava: o Brasil só estava atrás de Rússia e Alemanha. Os favoritos China, Japão e Estados Unidos sofreram quedas na primeira rotação. Nascia o sonho de uma medalha para o time.
A vibração tomava conta dos ginastas brasileiros àquela altura. Para um pódio, ainda era preciso contar com erros de rivais favoritos, mas estar entre os grandes, entre as potências, isso só dependia deles. A comemoração era grande a cada série completa na barra fixa. Nory, quarto no Mundial de 2015, acertou o movimento que errou na classificatória (14,933). Chico, que vai disputar a final da barra na Rio 2016, mais uma voou alto em largadas e retomadas incríveis (15,166). Sasaki também foi muito bem, mas os árbitros acharam que não foi tão preciso. A nota 14,566 foi muito vaiada na Arena Olímpica, que pedia mais pontos para o brasileiro.
Com 44,665 pontos no aparelho, o Brasil manteve o quarto posto. Russos e Japoneses já se colocavam em uma disputa à parte pelo ouro. O bronze, porém, ainda estava ao alcance. Com britânicos na frente no páreo pelo pódio.
Globo Esporte




0 comentários:
Postar um comentário
Não fale palavrões,respeite o proximo
Evite demasiados erros de ortografia e digitação.
Não utilize o texto todo em letras maiúsculas.
Releia o seu comentário antes de enviá-lo.